
Consultório de Psicologia
Síndrome do Pânico
21-02-2012 02:54O que é Síndrome do Pânico ?
A Síndrome do Pânico é caracterizada pela ocorrência de freqüentes e inesperados ataques de pânico. Os ataques de pânico, ou crises, consistem em períodos de intensa ansiedade e são acompanhados de alguns sintomas específicos.
Os ataques de pânico se iniciam geralmente com um susto em relação a algumas sensações do corpo. Estas sensações disparadoras podem ser variadas, desde uma alteração nos batimentos cardíacos, uma sensação de perda de equilíbrio, tontura, falta de ar, alguma palpitação diferente ou um tremor, por exemplo.
A partir deste susto inicial, começa um processo de medo e ansiedade que vai crescendo até atingir uma intensidade em que a pessoa se sente em estado de desespero e pânico.
No estado de pânico a pessoa pode se sentir "fora da realidade", com falta de ar, taquicardia, com temores de que vai desmaiar, perder o controle, enlouquecer ou mesmo morrer.
As crises de Pânico são estados passageiros de muito sofrimento emocional, com o pavor de que o organismo entre em colapso, com medo de desmaiar, enlouquecer e até morrer.
Os sintomas mais comuns nas crises de Pânico são:
Taquicardia, perda do foco visual, falta de ar, dificuldade de respirar, formigamentos, vertigem, tontura, dor ou desconforto no peito, medo de perder o controle, sensação de irrealidade, despersonalização, medo de enlouquecer, sudorese, tremores, náuseas, desconforto abdominal, calafrios, ondas de calor, medo de desmaiar, sensação de iminência da morte, boca seca.
Nem todos estes sintomas podem estar presentes nas crises, mas alguns sempre estarão. Há crises mais completas e outras menores, com poucos sintomas.
Geralmente as crises têm início súbito e a intensidade dos sintomas cresce de modo acelerado, muitas vezes acompanhados por uma sensação de catástrofe iminente e por uma ânsia de escapar da situação. A freqüência dos ataques de pânico varia de pessoa para pessoa.
Uma das características da Síndrome do Pânico é a pessoa viver com muita ansiedade, na expectativa constante de ter uma nova crise. Este processo, denominado ansiedade antecipatória, leva muitas pessoas a evitarem certas situações e a restringirem suas vidas a um mínimo de atividades.
Podem ocorrer reações fóbicas secundárias, que geralmente estão relacionadas às situações nas quais a pessoa teve as primeiras crises (no elevador, dirigindo, passando por um determinado lugar, etc). A partir daí, a pessoa passa a associar essas situações às crises. Com o tempo, os sintomas do Pânico tendem a ocorrer em outras situações também, mas é muito comum a pessoa continuar a temer situações específicas, que acentuariam o estado de ansiedade, desencadeando novas crises.
Há uma classificação diagnóstica de Síndrome do Pânico com e sem agorafobia. A agorafobia é um estado de ansiedade relacionado a estar em locais ou situações onde escapar ou obter ajuda poderia ser difícil, caso a pessoa tenha um ataque de pânico. Pode incluir várias situações como estar sozinho, estar no meio de multidão, estar dentro do carro, metrô ou ônibus, estar sob um viaduto, etc.
Frequentemente a pessoa precisa de alguém para acompanhá-la e se sentir mais segura e acaba elegendo alguém como companhia preferencial. Este fator é muito importante para se compreender a dinâmica psicológica da Síndrome do Pânico.
Para que a pessoa tenha uma recuperação real do estado de Pânico é importante não desconsiderar o sofrimento da pessoa, ensinando técnicas de auto-regulação que ajudem a controlar as crises de Pânico, e, ao mesmo tempo poder trabalhar as causas que precipitaram a pessoa no pânico. Este processo passa por uma grande transformação no modo como a pessoa lida com as sensações de seu corpo e caminhar na transformação de seus padrões vinculares. Enquanto não superar estas questões, a pessoa permanece fragilizada, com possibilidade de muitas recaídas .
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